Pelo conceito legal, Editor é a pessoa física ou jurídica à qual se atribui o direito exclusivo de reprodução da obra e o dever de divulgá-la, nos limites previstos no contrato de adesão (art. 5º, X da Lei 9.610/98). A mesma Lei concede ainda ao editor o direito de utilização econômica da obra, salvo convenção em contrário entre as partes além de fixa o preço da venda.

Dados do mercado editorial no Brasil revelados pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros demonstram um acolhimento de 4,5% em relação ao ano passado cuja causa foi creditada aos aspectos econômicos brasileiros, as dificuldades econômicas das próprias empresas do ramo, a falta de habilidade no atendimento ao cliente leitor, o crescimento do desemprego no País e o fato da leitura não ser um hábito disseminado entre os brasileiros.

Conforme descrito no artigo publicado no Meio&Mensagem o próprio modelo de comercialização vigente no País em que as editoras enviam os livros e as livrarias disponibilizam as prateleiras gera a dificuldade de atuação do mercado editorial diante da ineficiência de controle e reposição das obras.

Neste aspecto de retração no faturamento é plausível a busca por medidas envolvendo aspectos tecnológicos de inovação. Neste sentido, o mercado de audiolivros parece se encaixar perfeitamente na necessidade do mercado e se apresentar como uma possível solução para o mercado.

Publicação em O Globo chamou atenção para o crescimento do mercado de audiolivros inclusive pela junção de três editoras para criar uma plataforma de venda e a chegada da gigante Storytel no mercado nacional.

De fato, há inúmeras críticas aos audiolivros. Pessoas (como eu) que adora o livro nas mãos e o cheiro das folhas torce o nariz afirmando que se trata de uma limitação na experiência da leitura; outros apontam para o próprio processo de compreensão e apreensão do conteúdo considerando que nosso registro mnemônico melhor funciona quando despertado por vários sentidos além da audição.

Contudo, trata-se de uma bela oportunidade para disseminação de obras literárias e do hábito de leitura quanto de negócio para as Editoras que poderão disponibilizar catálogos e proporcionar rentabilidade para o mercado editorial.

De fato, os audiolivros podem inverter a lógica do decréscimo na rentabilidade do mercado como também, pelo próprio formato, eliminar da equação a falta de hábito de leitura da população cujo consumo de áudio é pulsante; retirar a lógica do modelo “editora encaminha os livros e livraria põe na estante”; além de contar com a possibilidade de maior acesso pela população de obras literárias.

O modelo está aí. As gigantes de audiobooks também. Os Editores estão sedentos por melhoria no mercado. Só falta somar a equação um método eficaz de controle e gestão baseado na tecnologia inteligente que garante maior tranquilidade e eficiência na relação Editor – Dinheiro – Autor – Cliente.

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